No domingo, fui passear em Nagoya e experimentar a famosa pizza napolitana da Pizzeria e Trattoria Cesari, que fica em Osu/Kamimaezu e aproveitei para dar um passeio por lá, já perdi a conta quantas vezes fui à Osu. Em Nagoya a maior parte do centro comercial está em 3 áreas: na estação de Nagoya e prédios ao lado, em Sakae/Fushimi e em Osu/Kamimaezu.
Osu é uma área muito popular entre japoneses e estrangeiros, antes da Segunda Guerra Mundial era o lugar mais movimentado da cidade, o antigo centro. No verão, tem o “Osu Summer Festival” nas ruas da galeria de Osu, com apresentações de samba brasileiro (Samba Parede) e cosplay ( Cosplay Osu Parade). Tem também o “Daido Chonin-sai Festival” realizado em outubro com várias apresentações.
A área de Osu/Kamimaezu, foi se desenvolvendo em torno do templo “Osu Kannon”, e hoje é uma área muito procurada para quem quer montar computadores, por ter lojas de eletrônicos com preços baixos e de todo tipo, novos e usados . Comparam ao distrito de Akihabara, em Tóquio. Na Galeria coberta há todo tipo de lojas, além de eletrônicos, lojas de roupas novas e usadas, lojas de calçados, lembranças típicas, perfumes, jóias, relógios, bolsas, instrumentos musicais e com muitas opções para comer, desde pequenas barracas/quiosques que vendem takoyaki até restaurante brasileiro e a famosa Pizzaria Cesari (ganhou o título de melhor pizza napolitana do mundo em 2010 em um concurso em Nápoles-Itália).
Achei um mapa onde tem um percurso sugerido para conhecer essa região:
Mais detalhes do percurso, e áudio guia (em inglês): aqui
E página oficial da galeria de Osu/Kamimaezu: aqui
Meu passeio começou pelo almoço no Cesari, depois visita aos templos e galeria. Vou falar dos templos:
TEMPLO OSU KANNON (大須観音)
Esse templo na verdade foi construído na era Kamakura (1192-1333) na antiga vila Osu-go, hoje é a cidade de Hashima na província de Gifu. E foi movido para Nagoya, em 1612, devido à freqüentes inundações na região, para o local atual por ordem de Ieyasu Tokugawa. Mas na Segunda Guerra Mundial, todos os edifícios que faziam parte deste templo foram incendiados, o templo atual é uma réplica construída na década de 1970.
Esse templo é um dos mais populares de Nagoya e hoje em dia, ele é famoso por abrigar cerca de 15 mil livros e manuscritos de clássicos japoneses e chineses. Entre elas está a mais antiga cópia manuscrita do famoso Kojiki, que descreve a antiga história mitológica da criação do Japão.
Esse é o portão principal, ao lado da entrada dele tem 2 estátuas enormes de Niō, os Reis Benevolentes protetores do templo.
Antes de entrar no salão do templo tem uma lanterna gigante de papel na entrada, pendurada por cordas, onde vários pápeis (omikuji) são amarrados pelos fiéis. Essas tiras de papel, você vê a sua futura “sorte”, espécie de loteria sagrada, se a sorte é desfavorável, nega-se ela, amarrando o pedaço de papel.
Para a maioria dos turistas a visita aos templos é para ver a cultura oriental, arquitetura e história mas para os japoneses há todo um ritual baseado na sua religião.
É muito comum ver dentro desses templos uma grande caixa de madeira, onde joga-se uma moeda, e há um sino que é ligado a uma corda, é para balançá-la para advertir o deus (kami) da presença do fiel, e depois o fiel bate a palma 2 vezes para garantir que o deus está escutando, e só depois começa a rezar.
Todo mês no dia 18 é realizado um mercado de pulga no terreno deste templo.

Acesso:
Metrô: 4 minutos à pé da estação do “Osu-Kannon” da linha do metrô Tsurumai, saída 2.
Mapa no Google: aqui
Mapa no iPhone: aqui
Página Oficial do templo Osu Kannon: aqui
Okojoro Fox (Templo Banshoji) 萬松寺
Na galeria, tem esse pequeno santuário, ele faz parte do Templo Banshoji, templo da família Oda, foi construído em 1540 e movido para esse local em 1610 também foi destruído na Segunda Guerra Mundial e reconstruído. Ele possui uma casa mortuária muito moderna e high tech, utilizando cristal e led, um sistema com RFID foi utilizado para poupar espaço, e assim os familiares acessam as cinzas de parentes por meio de um cartão.
